September

Novembro

Tempo

No cultivo da terra, as estações são rígidas e previsíveis. O inverno começa todo ano no solstício de inverno e embora haja variação na precipitação de chuvas e na temperatura, é sempre inverno e sempre vem nesse exato momento. O mesmo, é claro, é verdadeiro para a primavera, verão e outono. O fazendeiro exterior pode confiar nessa previsibilidade e não precisa ficar preocupado com a colheita da uva na época da debulha ou se preocupar com a poda durante a época da semeadura​.

As flutuações sazonais do cultivo interior são, por contraste, imprevisíveis. Cada momento traz consigo um novo desafio e não há como dizer quando o trabalho se tornará relevante. Agora a confusão ou letargia se apresentam, então eu tenho que reafirmar e reformular minha meta, como discutido em  janeiro. E então a negatividade se inflama, trazendo à mente os princípios discutidos em ctoutubro. E mais uma vez o momentum procura me tomar, então eu preciso aplicar os métodos ensinados em maio. Para cultivar a mim mesmo, devo permanecer equipado com todas minhas ferramentas e estar pronto para o inesperado.

A área de cultivo exterior é a terra, a área de cultivo interior é o tempo. Quanto mais tempo investimos em auto-observação, tapando vazamentos, cultivando atenção e aplicando qualquer método ensinado aqui, mais rápido nosso trabalho progride. Por outro lado, quando mais tempo desperdiçamos em práticas intermitentes, mais permitimos que nossos hábitos se reafirmem e derrubem nosso progresso. Há uma competição agressiva sobre nosso tempo. Cada pensamento, humor, desejo e sensação competem para dominar nossa paisagem interior e desperdiçar nosso tempo. Isso explica por quê é tão difícil até lembrar de fazer o nosso trabalho. A não ser que sejamos vigilantes, nosso impulso de trabalhar é abarrotado por esses outros impulsos. Para dedicar mais tempo ao trabalho interior – para utilizar mais da nossa área de cultivo – temos que continuamente assegurar nosso impulso de trabalhar sobre nossa paisagem interior superlotada. Temos que lembrar mais e esquecer menos.

Para esse fim, nós empregamos o exercício da contagem. Nós traçamos a meta de lembrar do nosso trabalho pelo menos 100 vezes por dia, contabilizando nosso progresso através da contagem. Há várias ajudas externas para isso, desde o contador mecânico ao telefone digital. Todos são úteis, pois o objetivo aqui é anexar um número objetivo a nossa frequência. Cada vez que lembramos e fazemos um esforço de aplicar qualquer ferramenta desse ensinamento, nós “clicamos” no contador.

Contabilizar nossos momentos de lembrança, por si só, nos motiva a aumentar sua frequência. Ao mesmo tempo, isso expõe pedaços do nosso dia perdidos em um esquecimento prolongado. Por que eu fui capaz de clicar relativamente com frequência a caminho do trabalho, mas esqueci completamente assim que pisei o pé no escritório? Por que fui capaz de manter uma boa frequência enquanto estava na minha mesa, mas perdi qualquer lembrança durante a hora do almoço? Os maiores pedaços de esquecimento delineiam as partes de nossa área de cultivo que estão atualmente sob total domínio da Personalidade. Isso indica de maneira não ambígua em qual direção nosso cultivo deve prosseguir.

Quando uma semente germina, ela empurra sua raiz para baixo e seu tronco para cima em uma linha vertical ao plano da terra. Da mesma forma, quando aplicamos com sucesso qualquer método ensinado aqui, nós empurramos através da nossa Personalidade e tocamos a Essência. A Personalidade se confia no nosso não-ver ou esquecimento de si. Quanto mais nos lembramos, melhor utilizamos nossa área de cultivo e mais rapidamente vemos progresso nesse trabalho. 

Esse é o nosso trabalho para novembro.

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August

#Outubro

Cultivando a Função Emocional

July

Dezembro$

O Mestre